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Limite Planetário Estudo aponta que acidez dos oceanos ultraou o limite Pesquisa foi feita pelo Laboratório Marinho de Plymouth do Reino Unido 4l495t

Publicado Ontem, às 14h
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A acidificação dos oceanos, um fenômeno causado pelo excesso de absorção de gás carbônico (CO2) da atmosfera, ultraou os limites para o equilíbrio planetário em 2020, aponta estudo publicado nesta segunda-feira (9) por pesquisadores do Laboratório Marinho de Plymouth (PML) do Reino Unido. 4x7345

De acordo com o estudo Acidificação dos oceanos: mais um limite planetário ultraado , a informação só foi revelada cinco anos depois, por meio do uso de medições mais modernas e da aplicação de novos modelos computacionais sobre materiais coletados nos últimos 150 anos.“A gente tem uma informação robusta, sendo produzida por um estudo que tem alcance mundial e revelando uma informação que a gente, infelizmente, não tinha ainda. Apesar das observações e modelos matemáticos, essas informações não tinham integrado ainda o contexto dos limites planetários. E esse foi o grande avanço”, explica Alexander Turra, pesquisador do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP) e coordenador da Cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceano.

O conceito de limites planetários foi criado em 2009 por cientistas do Centro de Resiliência de Estocolmo para o acompanhamento de nove fenômenos decorrentes da ação humana, como mudança climática, poluição por produtos químicos, mudança no uso da terra e a acidificação dos oceanos. Desde então, a ciência apontava que seis desses limites haviam sido ultraados.

Com a descoberta do novo estudo, a mudança da acidez das águas dos oceanos aumenta essa lista para sete.

“Isso traz para a gente um alarme adicional em relação a essa degradação do oceano. Especialmente porque é um fenômeno silencioso e imperceptível no nosso dia a dia, diferente do lixo no mar, que é muito evidente”, alerta Turra.

Com a absorção da alta concentração de gás carbônico da atmosfera, os oceanos am por uma redução do potencial hidrogeniônico (pH) e consequente diminuição da concentração de carbonato de cálcio na água, que afeta diretamente a estruturação de esqueletos e o crescimento de vidas marinhas.

“ Isso significa que vai ter menos crescimento de recifes de coral, conchas de moluscos mais frágeis, autólitos [rochas hospedeiras] de peixes menos estruturados, e a gente vai ter, então, organismos que terão uma capacidade de se relacionar com o meio ambiente limitada em função desse comprometimento”, explica o pesquisador.

De acordo com a coordenadora do Laboratório de Oceanografia Química da UERJ, Letícia Cotrim, a acidificação também pode causar mudanças na fisiologia, crescimento e reprodução de espécies, afetando a biodiversidade existente nos oceanos.

O estudo propõe ainda o limiar de 10% para a concentração de carbonato de cálcio abaixo dos níveis pré-industriais como referência para esse limite planetário. A proposta parte da observação do comprometimento de habitats de espécies como moluscos, que dependem de conchas calcificadas para a sobrevivência.

Impacto
De acordo com os pesquisadores, quando essa fronteira foi ultraada em 2020, foi observado o comprometimento de 60% do oceano com profundidade de até 200 metros, e 40% do oceano de superfície de todo o planeta.

“Incluindo uma redução de 43% no habitat dos recifes de coral tropicais e subtropicais, até 61% para os pterópodes polares (borboletas marinhas) e 13% para os bivalves costeiros”, destaca a pesquisa.

Para a pesquisadora o estudo reforça o que cientistas afirmam há décadas. Quanto mais CO2 na atmosfera, mais rápido ultraaremos os limites estabelecidos pelo Acordo de Paris. O limite de 1,5ºC de aquecimento global é o considerado gerenciável para evitar perdas maiores de vidas humanas, perdas na produção, problemas mais graves – e caros – com extremos climáticos e com a elevação do nível do mar, destaca.

Para Turra, o Brasil, enquanto um país marítimo e que vai sediar, em novembro, a próxima Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP30), deve ter tem um protagonismo central nessa discussão, por meio da implementação de ações efetivas que sirvam como exemplo.

“A gente vai poder fazer uma conexão muito clara entre o oceano e o clima na COP30, a ponto de a gente fortalecer com mais esse argumento a necessidade de reduzir as emissões e de aumentar o sequestro e a estocagem de carbono”, conclui.

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