Alto Alegre,

ESTAMOS AO VIVO 1u204g

Zambelli Deputada Carla Zambelli, condenada pelo STF, deixa o Brasil Parlamentar diz que pedirá afastamento do cargo 1b1a2h

Publicado 03/06/2025
A A

Duas semanas após ser condenada a 10 anos de prisão, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deixou o Brasil para fixar residência na Europa. 5b3l5p

Entrevistada pelo canal AuriVerde, no YouTube, na manhã desta terça-feira (3), a parlamentar evitou revelar em que país está, limitando-se a dizer que escolheu a Europa por já ter cidadania italiana e, por isso, não poder ser mandada de volta ao Brasil.

“Estou fora do Brasil já faz alguns dias. A princípio, vim em busca de um tratamento médico que eu já fazia aqui”, comentou Zambelli, garantindo que pedirá afastamento sem vencimentos do cargo, que, com sua ausência, será ocupado por seu suplente Coronel Tadeu (PL-SP).

A deputada reconheceu que sua recente condenação pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pesou em sua decisão.

“Eu poderia ir para a prisão, esperar [ar] um tempo e continuar no meu país. Me entregar para a Justiça. Mas que Justiça é essa que prende a Débora por 14 anos e que quer me prender por 15 anos?”, questionou, referindo-se à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, condenada pela Primeira Turma do STF por participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, durante os quais incorreu em cinco crimes - abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.

Carla Zambelli foi condenada, em 14 de maio, por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o auxílio do hacker Walter Delgatti, condenado a 8 anos e 3 meses de prisão no mesmo processo, e falsidade ideológica.

Com a decisão unânime da Primeira Turma, Zambelli também foi condenada à perda do mandato parlamentar após esgotados todos os recursos possíveis. Se a sentença for mantida, ela e Delgatti terão que pagar R$ 2 milhões em danos morais coletivos.

A deputada também responde a outro processo criminal no STF, no qual figura como ré por ter sacado uma arma de fogo em plena luz do dia e, junto com seguranças e assessores, ter perseguido o jornalista Luan Araújo. O episódio ocorreu às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, e foi citado pela parlamentar durante a live desta manhã.

“Minha vida se transformou em um inferno astral. Depois daquilo, minha vida virou de ponta cabeça”, comentou Zambelli ao avaliar que agiu corretamente na ocasião. 

“Eu não estava errada. Posso ter errado em dar conversa a ele [Araújo] e tentar demonstrar que ele estava sendo machista, misógino. Qualquer mulher, na minha situação, ao ouvir o barulho de um tiro e temendo pela segurança do seu filho, teria feito o mesmo que fiz. Mas, com isso, conseguiram me isolar”, disse a deputada.

Ainda durante a entrevista, Zambelli disse que planeja fazer, na Europa, o mesmo que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se afastou do cargo e se mudou para os Estados Unidos com a justificativa de “denunciar a ditadura” que o Brasil, segundo eles, enfrenta. 

No dia 26 de maio, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, abriu um inquérito para investigar Eduardo pelos crimes de coação e obstrução de investigação. 

A investigação foi aberta a pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, para apurar a suposta atuação do parlamentar para incitar o governo dos Estados Unidos a adotar medidas contra Moraes.

“Gostaria de deixar bem claro que não é um abandono do país. Nem desistir da minha luta. Muito pelo contrário. É resistir. É poder continuar falando o que quero. Voltar a ser a Carla que eu era antes das amarras que esta ditadura nos impôs”, argumentou Zambelli, voltando a se dizer vítima de perseguição judicial.

“Tenho ficado calada, diante de uma pressão judicial que tenho sofrido, mas me cansei de ficar calada”, acrescentou a deputada, revelando, em diferentes momentos, a preocupação com suas redes sociais. 

“Tomei todas as providências. Minhas redes sociais, a partir de agora, quem istra é minha mãe, que vai dar continuidade a este legado já que eu, provavelmente, as perderei. São mais de 10 milhões de pessoas conectadas comigo todos os dias. Peço que continuem seguindo minha mãe, pois vou continuar em contato com vocês, voltando a denunciar todos os desmandos que a gente observa neste país”.

Sem provas, Zambelli voltou a afirmar que as urnas eleitorais eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro não são confiáveis. 

“Não dá para acreditar em pesquisas no nosso país. Elas são manipuladas. E não dá para acreditarmos em urnas eletrônicas, que não são confiáveis. Eu não podia falar esta frase estando no Brasil porque seria caçada e ainda mais perseguida. Aqui fora, eu posso falar que enquanto não houver um voto impresso e contagem pública [de votos], não teremos democracia no país”, afirmou a parlamentar, criticando, nominalmente, a diversos ministros do STF.

Anterior

Governo estuda abertura de crédito para entregadores de apps 2c2b1e

Próxima

Gio Damo reforça compromisso com a gestão humanizada e destaca ações do Consórcio CIMCERO na Rondônia Rural Show 6vk4b

Outras notícias da categoria Alta Floresta
Abertas inscrições para a 4ª Mostra Nacional de Curtas CineMarias 1p3x9
Jovens e mulheres puxam aumento de evangélicos no país, revela IBGE 2i1z3n
Crescimento de umbanda e candomblé reflete combate à intolerância 47283
MP obtém prisão preventiva de homem investigado por suposta prática de estupro de vulnerável em Alta Floresta do Oeste 5a1l5g

ESTAMOS AO VIVO 1u204g

Últimas
06/06/2025 Homicídio é registrado na linha 70, km 33, em Alta Floresta D’Oeste 2x6f4i
06/06/2025 Seleção pública oferece 500 vagas para médicos de família e comunidade 282j2k
06/06/2025 Justiça da Holanda marca audiência sobre caso Samarco para 14 de julho 3p4c2e
05/06/2025 Estudantes são premiados por conservação dos 6 biomas brasileiros 4x486j